

A trilogia memorialística do Canetti me trouxe inúmeros aprendizados e, talvez mais do que isso, um verdadeiro
mergulho no espírito vienense. Voltei a ouvir Mahler, coisa que não fazia desde a adolescência - e conheci um pouco sobre sua atormentada família: sua filha, Anna (que inspira o último volume,
O jogo dos olhos), e sua esposa infiel, Alma. O efeito dessa mulher na sociedade da época foi tão intenso e controverso, que muitos a consideravam uma típica predadora. Assim pelo menos foi para o artista plástica Oskar Kokoschka, que se tornou completamente obcecado por ela e a retratou em muitas obras lindas, na fase em que foram amantes.
Não conhecia a arte desse ótimo expressionista, e virei sua fã.
Agora, minha leitura seguinte, claro, será o
Auto-de-fé. Mas depois desse romance vou parar com as conexões austríacas. Tenho de voltar à latinidade: Borges e Cortázar (anunciado na postagem aqui abaixo) me aguardam. Os próximos meses serão de convívio com esses gênios argentinos. Quero estar bem preparada para a primavera em Buenos Aires...
Nenhum comentário:
Postar um comentário