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"O chefe da repartição me disse: 'Fique sabendo que o vou mantendo entre nós unicamente em respeito a seu venerável pai. Não fosse isso, há muito que já teria voado daqui para fora'. Eu lhe respondi: 'Faz-me uma grande honra, Vossa Excelência, ao supor que sou capaz de voar'. Em seguida, ouvi-o exclamar; 'Levem embora este homem, ele me acaba com os nervos'."
Este é o começo perfeito do livro Minha vida, de Tchekov (trad. de José Pereira Júnior; São Paulo: Nova Alexandria, 2004, p. 7). Aliás, este autor é realmente incomparável, para se ler de joelhos e se contemplar com um suspiro - já que é tão parecido com meu tzarievitch!
Muito bom esse começo. Mas o meu favorito é o de Ana Karenina:
ResponderExcluirTodas as famílias felizes se parecem; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.
De qualquer forma, fica tudo entre os russos, né, amiga?
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