Errata urgente da postagem anterior: a exposição Monstra não abrirá hoje, mas somente daqui a 15 dias, no sábado dia 14 de maio!
Parece que eu sou "premiada" a cada vez que desconfio de uma divulgação de evento feita por jornais: quando ligo para confirmar, descubro que a data ou o horário estão errados! Pelo menos hoje não cheguei a dar viagem perdida, e espero que nenhum dos internautas que me lê tenha sofrido com a propagação do equívoco, agora devidamente corrigido neste blog.
Esperemos mais um pouco, portanto.
Enquanto isso, vale a pena conferir o 62° Salão de Abril no Centro de Referência do Professor. Fui hoje pela manhã, e posso dizer que foi umas das melhores edições do Salão que já vi. As obras estão quase todas sintonizadas em ótima qualidade. Poderia citar praticamente todos os artistas, mas acho justo realçar aqueles que mais me impressionaram. Logo na entrada, as duas esculturas de Flávio Cerqueira são engenhosas e interessantes: a primeira, de um anão super-homem, é irônica, ao passo que a outra, "Monólogo", tem um travo de solidão que a cor branca e a dimensão da peça ressaltam.
As fotos de Maria Mattos partem de uma ideia maravilhosa e são brincadeiras plásticas que convencem sobre o quanto de ilusório existe no nosso olhar. Uma das imagens da série "No ar" foi a minha preferida de toda a mostra.
Também as fotos de Nati Canto são impressionantemente poéticas. Trabalhadas digitalmente, alcançam um efeito de doce sobressalto.
Marcia Rosolia faz colagem sobre fotos, obtendo um efeito curioso: as duas primeiras são sutis; as outras, mais grosseiras, servem de "explicação" de técnica que nos faz voltar às imagens iniciais, para ver o que antes não percebemos...
A homenagem para Zé Tarcísio foi boa - mas ainda acho que ele tem peças bem mais talentosas do que a série das pedras escolhida.
Ressalto ainda as pinturas de Flávia Metzler, lúdicas e bem realizadas. E os desenhos de Nara Amélia, que vêm em molduras delicadas. Evocam uma atmosfera com segredos de gerações perdidas, codificados na imagem de grupos de bichos feitos em caneta, a surgir detalhados como milagres.
As gravuras de Iuri Casaes também são interessantes, pelo aspecto grotesco. E a intervenção urbana da Ana Tomimori foi, ao meu ver, o melhor exemplo nos vídeos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário