Em Mariana, conheci a casa em que viveu Alphonsus de Guimaraens, aquele poeta das catedrais, místico e dolorido, de quem sempre amei os singelos versos sobre a louca Ismália. Vamos lembrar?
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Esse poema é clássico. EStá em todos os livros de literatura do Ensino médio. Mas por que pobre Alphonson?
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