Eu já sou acostumada a episódios que fazem coincidir minha vida com as leituras do momento, mas dessa vez admito que o Grande Narrador se superou... Comecei julho com dois livros: On the road e a biografia da Patricia Highsmith. O primeiro, eu catei da estante motivada pela breve estreia do filme homônimo (e é claro que eu não iria ao cinema sem antes ter lido a história); o segundo foi um livro recém-lançado por aqui, que ganhei de presente. Nenhum dos dois estava me embevecendo, para falar a verdade: On the road tem que ser lido, claro, mas provavelmente a tradução que eu peguei silencia a criatividade linguística do Kerouac (que é um dos elementos mais comentados no prefácio e um dos menos perceptíveis no livro em si). Quanto à vida da Highsmith... bem, por mais que eu combata essa parcela de "leitor ingênuo" que ainda existe em mim e exige a identificação com um relato para que ele possa ser usufruído, eu realmente antipatizei com uma existência tão atormentada e dispersa. Já lembro o velho Drummond, dizendo que a obra tem de ser melhor que o autor, e parece ser justamente isso o que acontece no caso da criadora do talentoso Ripley.
As coincidências começaram quando, falando a respeito do México com meu amigo Renato, ele alertou para as viagens que a própria Highsmith fez para lá. Ora, ele não sabia que eu estava lendo essa biografia, então esse ponto já foi bastante curioso. Mas o principal "acaso" aconteceu quando fiz uma pesquisa sobre locais interessantes a visitar, e o site da prefeitura de Mexico City indica o Museo Ripley! Não, não se trata de uma reconstituição dos crimes desse personagem (embora essa fosse uma ótima ideia). O museu foi criado por um tal de Robert Ripley, que colecionou peças bizarras ao longo de sua vida! A coleção parece bastante pertinente para coincidir com o nome dessa criação de Patricia Highsmith. Certamente, quando eu estiver on the road, esta será minha primeira parada voluntária, em terras mexicanas!
E então você nos contará mais...
ResponderExcluir:)
K.
Essas coincidências sempre acontecem comigo também. Parece que algo no Universo conspira para que conheçamos ou continuemos a ler certos livros. Acho que os livros nos escolhem, e não o contrário! Não sei se já terminou de ler On The Road, mas nesse livro ele narra uma época que passou no México :) Mais uma coincidência.
ResponderExcluir