"Caviloso. Essa palavra saiu de moda mas deveria ser reconduzida, não existe melhor definição para a alma do felino. E de certas pessoas que falam pouco e olham. Olham. Cavilosidade sugere cuidado, cave - aquele recôncavo onde o vinho envelhece. Na cave o gato se esconde, ele sabe do perigo. Mas o cachorro se expõe, inocente."
"(...) indolente, companhia voluptuosa dos contemplativos. Das bruxas cismarentas. Dos amantes da idade da razão e depois ainda, memória e cinza. Amei meu gato quando descobri Baudelaire, viens mon chat, sur mon coeur amoureux..." (Lygia Fagundes Telles)
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